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 De 05/09/2024 à 05/10/24  | Ribeirão Preto - SP

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AMÁLGAMA

Amálgama é um substantivo de dois gêneros que define uma mistura de diferentes atores para a produção de um todo. Como verbo, possibilita a subjetivação dessa ação, eu amalgamo. Como abordagem nessa exposição, produz uma perspectiva de integralidade, de observação do todo. Amálgama reflete a fusão de memórias, histórias e imagens, apresentando uma união de elementos diversos. É com esse olhar que gostaríamos de traduzir, de dar uma vista, um recorte da produção fecunda, diversa e longa da fotógrafa, artista, galerista, curadora e mãe Ana Carla Vannucchi. Cartografamos com ela sua trajetória, em busca de recorrências, conexões, pontos de concentração que fizessem sentido para a artista. Tentando unir os compostos com suas semelhantes plásticas ou conceitualmente. No mergulho encontramos recorrências que chamamos de penínsulas temáticas e se interconectam no tema, na tomada, na perspicácia do olhar da artista.  

Para Ana, a fotografia é como uma crônica que registra e relata pequenos acontecimentos da vida cotidiana, combinando com uma interpretação pessoal da autora. Assim, poder-se-á observar, nas penínsulas, crônicas, de tempos e espaços diversos, aglutinados em: Trabalho, Palavra, Água, Amarelo, Azul, Vermelho, Caminhos. Reunindo 91 de fotografia e pintura. Cada obra capta a efemeridade do cotidiano, transmutando cenas ordinárias em composições de significados profundos. A lente de Vannucchi transforma a matéria do vivido em crônica visual, onde o banal adquire uma aura de eternidade. A amálgama de Ana é, portanto, um processo de transformação, onde a fotografia torna-se o meio para explorar as camadas de significado que perpassam sua vida e obra.

Cada península recorta um tema e apresenta uma possibilidade narrativa com a imagem, mas aglutina imagens plasticamente pelas suas recorrências estéticas. Apresentando uma teia imagética que se interconecta rizomaticamente, ao passo que se finca radicalmente, na origem familiar ancestral de sua técnica, combinada à sensibilidade ímpar de Ana. Seu olhar caminha pelos cotidianos globais e locais, seu ofício é atravessado pelo labor alheio em tons de amarelo, azul e vermelho. E corre por caminhos que só a água, em sua potência máxima e em todos os seus estados, é capaz de encontrar. E comunica. Os signos, símbolos, sinais, objetos, pessoas, relações e lugares contam de nossa vida, mas sobretudo das escolhas de Ana, de suas caminhadas estrangeiras, de seus encontros brasileiros, de um amor profundo pelo registro da vida naquele instante indizível

Lucas Nascimento e Murilo Viola.

Artista

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ANA
VANNUCCHI

Ana Vannucchi nasceu em berço fotográfico, pra ela a fotografia é natural. Mesmo assim, transita entre outros materiais e técnicas. Diferente de seu olhar etnográfico, traz um trabalho quase abstracionismo em forma de fotografia com imagens feitas na Bahia, em Alagoas e na França entre 2012 e 2023.

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